Princípios da Astrologia Humanista e Transpessoal
- Luís Resina
- 24 de ago. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de ago. de 2024
Preceitos a ter em consideração no estudo e na prática da Astrologia Humanista e Transpessoal:
- Os planetas e todos astros emitem radiações, vibrações ou fluxos energéticos. As energias cósmicas são transmitidas a partir do nosso universo local, distribuídas pelas supergaláxias, galáxia local, constelações, braços estelares, estrelas, e sistema solar local, no qual se inclui os planetas, planetoides, cometas e a zona da cintura de asteroides.

- Os arquétipos fundamentais da humanidade encontram-se ilustrados na história mítica das constelações, estrelas e planetas
- Os signos fazem parte do nosso sistema geocêntrico/heliocêntrico, o movimento de translação da terra foi dividido em 12 setores de 30º dando origem ao Zodíaco Tropical. Os signos relacionam-se com 12 qualidades de energia oriundas da relação entre o triangulo e a cruz (3x4).
- As casas terrestres nascem da divisão do espaço local em 12 divisões iguais; quando o Horizonte é projetado na eclíptica as casas ficam distorcidas pela relação espaço/tempo. Outra forma de erigir as 12 casas é pela divisão do tempo sideral 1 dia=23h56 do movimento de rotação da Terra. Seja através da divisão no tempo ou no espaço, as casas astrológicas indicam áreas de experiência concreta ou campos de manifestação terrestre das energias.
- Os Planetas, incluindo os Luminares: Sol e Lua representam as principais funções psíquicas e os principais arquétipos modelares da existência humana.
- Em relação aos Planetas do nosso sistema solar, quanto mais próximos estão da Terra, maior o seu efeito energético do ponto de vista pessoal, quanto mais distantes, maior o seu efeito energético na sociedade e no plano do inconsciente coletivo.
- Os aspetos geométricos e as configurações astrológicas, seguem a dinâmica do círculo e do número, e somente indicam os desafios de integração de certas energias, seja ao nível do desenvolvimento da personalidade, seja ao nível da alma, nos seus processos de aquisição de consciência.
- Bons e maus aspetos, melhores signos e casas astrológicas, bons ou maus planetas, não existem na conceção da astrologia humanista e transpessoal. Eles só existem na nossa mente separatista, com tendência a julgar e a classificar pela percepção relativa e aparente do movimento dos ciclos.
- Em cada ciclo e círculo, todos os pontos estão à mesma distancia do centro, cada parte individual tem o seu contributo na relação com o todo.
A imagem do processo evolutivo é a espiral, o tempo para além de parecer repetitivo (circular), é dinâmico e exponencial (espiral). Nos processos cíclicos, surgem momentos em que pode haver uma irrupção ou dilatação da consciência, nos portais temporais a percepção da realidade pode colapsar e aí torna-se possível acedermos a outras dimensões. É então que surgem os designados saltos quânticos ao nível do inconsciente ou consciente. Os pontos chaves dos ciclos, podem ser detetados, mas as probabilidades do que pode vir a acontecer está condicionado pelo estado evolutivo de cada um e pela resposta que cada ser irá dar aos eventos e aos processos internos num determinado período de tempo.
- Estamos todos num determinado ponto de espirais progressivas, das quais não conhecemos a extensão, cada um encontra-se a fazer o seu percurso nessa espiral, e o lugar do caminho de cada um nessa espiral é sempre o mais indicado para o seu nível de evolução. Após a aprendizagem de um ciclo essencial, avançamos para o nível seguinte; o mesmo se aplica a quem não integra ou nega o seu processo de aprendizagem, nesse caso, ou volta a repetir a experiência ou reajusta-se numa outra "turma" mais condizente com a sua jornada.
- Cada caminhante na espiral evolutiva na vida, nas suas voltas ao zodíaco, está em níveis superiores e inferiores em simultâneo, tudo depende dos termos de comparação com outras entidades existentes no plano evolutivo. Podemos comparar, mas não julgar o estado evolutivo de um ser, porque cada um é livre de escolher a forma como quer subir a montanha da vida!
- Todos estamos aqui para aprender, criar, cooperar e participar num plano mais vasto.
- o bem e o mal são relativos e estão circunscritos à esfera humana, social, e civilizacional.
- o bom e o mau não existem por si, são conceitos subjetivos e fazem parte da estrutura individual de cada um. O que é bom ou mau para mim depende da reação orgânica e psíquica individual, e isto não se aplica aos outros.
- Luz e Sombra são reais no sentido existencial, cada signo, casa e configurações planetárias podem ser analisados nos seus aspetos de luz e sombra. Este jogo de contrastes pode servir para consciencializar e integrarmos polaridades: inconsciente-consciente, o eu e o outro, família/profissão, amor/amizade (exemplo do lado sombra – desamor e inimizade).
- O tema astral de nascimento pode ser visto como um Holograma, ou seja, parte da fotografia do céu num determinado momento que reflete o todo. Na astrologia humanista e transpessoal como sistema aberto, não há mapas melhores e piores, a expansão da consciência depende da nossa capacidade de aceder aos níveis superiores contidos no mapa que serão refletidos em nós.
- Cada ser pode responder aos influxos planetários de uma forma mais instintiva, mais mental ou racional, ou através de uma maior compreensão espiritual. O mapa de nascimento não nos indica o nível evolutivo da alma, mas sugere sim, o mapa da estrada a percorrer, para que cada um possa fazer melhor o seu caminho de vida nesta existência.
- Destino e livre-arbítrio existem na esfera humana e a relação entre ambos é modificada não só pelas mudanças na relação espaço-tempo, como pelo nível de consciência alcançado pelo individuo.
- O nível do livre-arbítrio ou das escolhas, é representado no nosso sistema solar pelos planetas que orbitam o Sol até Saturno.
- Os planetas transpessoais Úrano, Neptuno e Plutão ou são constelados pelo individuo para lá da dualidade da mente, aquilo que chamamos por esfera transcausal, ou se expressam como energias contrárias aos desejos da personalidade, ou ainda como forças do destino coletivo da qual não temos controle.
- Cada astrólogo ou intérprete só recolhe a informação da leitura contida no mapa astral, consoante o nível de consciência e de vibração em que ele se encontra. Nesta acepção, há zonas do tema indecifráveis se não possuirmos as chaves internas de interpretação.
Comments